Devido à guerra e à subida generalizada dos preços, a inflação tem registado aumentos consecutivos desde Fevereiro. Uma das ferramentas utilizadas pelo BCE (Banco Central Europeu) para tentar controlar a inflação e condiciona-la a um valor desejado de 2% é precisamente as taxas de juro. Sendo a Euribor a taxa de juros média dos empréstimos interbancários sem garantia da Zona Euro, de onde faz parte o banco português CGD, ela irá refletir, no muito curto prazo, as oscilações da inflação e das taxas de referência praticadas pelo BCE que têm vindo a subir.

 

No crédito à habitação é normalmente usada, no regime de taxa variável, a Euribor a 12 meses e em consequência do referido em cima a mesma tem subido. Em Fevereiro (sempre com referência à media do mês anterior) era de -0,477%, mas nos meses seguintes registou a seguinte evolução: -0,335%; -0,237%; +0,013%.

 

Relembramos que todos os créditos à habitação com taxa variável são atualizados e revistos no mesmo período da taxa, ou seja, Euribor a 12 meses é revista uma vez por ano no mês de aniversario do empréstimo. Isto quer dizer que quando chegar a altura de revisão do seu financiamento ele vai ajustar a Euribor e se nada alterar vai começar a pagar mais pelo seu empréstimo. As diferenças podem ser grandes dependendo do montante em divida e da idade do empréstimo, quanto maior o montante em divida e quanto mais recente for o empréstimo mais agressiva vai ser a sua atualização.

 

Assim sendo, prepare-se para pagar mais pelo seu empréstimo nos próximos meses.

Partilhe o artigo